Após um ano marcado por prejuízos na maior parte dos setores econômicos do Brasil, a expectativa de retomada da economia aparece refletida no crescimento de 9,4% no número de empresas instaladas no Brasil. Em 2021, surgiram 1.927.501 novas pessoas jurídicas, totalizando mais de 22,3 milhões de negócios em atividade no país. Em 2020 a métrica foi negativa, com retração de 13% (- 3 milhões). A estimativa é do estudo IPC Maps 2021, especializado há quase 30 anos no cálculo de índices de potencial de consumo nacional com base em dados oficiais.
“O crescimento na quantidade de empresas envolve todos os portes e naturezas jurídicas, inclusive microempreendedores individuais”, afirma Marcos Pazzini, responsável pela pesquisa.
Dentre as 22,3 milhões de empresas, quase a metade (12,1 milhões) atua no ramo de Serviços, seguida pelos setores de Comércio (5,9 milhões), Indústria (3,6 milhões) e Agribusiness (720 mil).
“A criação de 1.478.505 novas unidades do setor de Serviços em 2021 totaliza 13,9% a mais em relação à quantidade de empresas do ramo em 2020”, explica o especialista.
Cenário regional
No ranking regional, o Sudeste concentra 51,7% das empresas brasileiras. O Sul aparece em segundo lugar, com 18%. Na sequência, vem o Nordeste com 17,2% dos estabelecimentos, o Centro-Oeste com 8,2% e o Norte com apenas 4,9% das unidades existentes no país.
Além disso, a pesquisa IPC Maps aponta para estabilidade no número de empresas a cada mil habitantes. As regiões Sul e Sudeste apresentam, respectivamente, 132,31 e 128,76 empresas por mil habitantes. Já o Centro-Oeste aparece com o índice de 109,55 e, abaixo da média nacional, estão as regiões Nordeste, com taxa de 66,52, e Norte, com 58,06.
“A evolução da quantidade de empresas representa que serão gerados mais empregos, que vão proporcionar mais renda para as famílias, aumentando o consumo da população”, analisa Pazzini.